domingo, julho 01, 2007

"Destino Brasil Música - Um Outro Som"

O Canal Brasil, lançou o programa "Destino Brasil Música - Um Outro Som", apresentado por Pedro Luís, do grupo Pedro Luís e A Parede, que passou por 12 capitais brasileiras para apresentar artistas que representam gêneros da música regional do Brasil. Como não poderia deixar de ser, Affonsinho foi entrevistado - o programa foi gravado em abril de 2007.
Confira abaixo, a data de exibição:

Belo Horizonte - 26/07 - Pedro Luís entrevista Maurício Tizumba, músico, ator, cantor e compositor que preserva as raízes e a memória afro-mineira, contribuindo para manter vivas as tradições populares. Através desse artista, o programa apresenta o Congado, uma manifestação religiosa de origem africana. Outro destaque é Affonsinho, compositor, cantor, violonista e guitarrista que já fez diversas parcerias com músicos como Chico Amaral, Cássia Eller, entre outros.

Com direção de Pedro Flores da Cunha e Daniyel Ruiz, o Destino Brasil Música - Um Outro Som, revelará o universo musical dos artistas, retratando sua identidade, proposta, gênero, método de trabalho, além de projetos em que eles estão envolvidos. Jovem e atual, a série mostrará estilos musicais que variam do samba até a nova geração eletrônica. A idéia é falar de música através da própria música.O programa ainda constata que a música popular brasileira (MPB), além de sua relevância como manifestação estética tradutora de múltiplas identidades culturais, apresenta-se como uma das mais poderosas formas de preservação da memória coletiva. "Em um país pulsante como o Brasil, a música vai além da vibração sonora, e acaba revelando nossa história, cultura, desejos e alegria", comenta Pedro Luís, que a cada programa revela as particularidades de uma cidade diferente.O diretor Pedro Flores ressalta que o Destino Brasil Música - Um Outro Som é uma oportunidade de divulgação não só da música local, como também do destino turístico de cada localidade. "Também retratamos as riquezas naturais e culturais das cidades, os ritmos, os instrumentos e o folclore", explica.

VEICULAÇÃO: Canal Brasil
Inédito: Quintas às 21h
Horário Alternativo: Sextas às 16h, Sábados às 13h e Terça-feira às 11h30.

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PORTUNGLÊS


Alô, alô, galera, tudo bem?

Este é só pra quem perdeu a festinha de distribuição do novíssimo jornal - BH SAVASSI - neste último sábado, na Savassi (claro!).
Aqui vai, em segunda mão, a croniquinha publicada no jornal, escrita por "este humilde que vos posta" ! O jornalzinho está um sucelso totaaal !!!
Sábado que vem tem mais - "NÃÃO PERDAM" !!!
Muuuita saúde, paz e picolés de alegria.
Afff

PORTUNGLÊS (por Affonsinho)

Outro dia me contaram que um jovem empresário estava tendo problemas para abrir uma lojinha ali pelas bandas da Savassi. A dificuldade era arranjar um nome simples e objetivo para seu novo business. Retruquei, imediatamente:
- Com um Aurélio do tamanho do nosso a tarefa não pode ser tão complicada assim!
Mas fui informado que é. Nome de loja não é coisa simples. É preciso muita criatividade para que o estabelecimento possa dar certo. Não é qualquer ideiazinha encontrada no Aurélio que dá jeito nisso. A casa deve ter status e o nome tem que ser de peso, ou seja, estrangeiro. Aí o povo dá mais valor. ...

- Mas até hoje é dessa maneira? - perguntei, espantado, ao meu velho amigo.
Ele fez que sim com a cabeça. Lembrou-me que em algumas grandes cidades do Brasil, existem diversas casas de comércio com nomes gringos e que fazem o maior sucesso. Então pensei em nossos shoppings e fui obrigado a concordar com a afirmação de meu colega. Português parece mesmo que vende menos...
Há alguns meses, a grande humorista, Heloísa Perissé, brincava na TV com sua personagem, Tati, sofrendo horrores porque não tinha uma mochila da marca Pretenders. Aracy de Almeida já cantava, lá pelos idos de 1945, os sábios versos de Noel Rosa, atribuindo o problema à influência do cinema: “O cinema falado é o grande culpado pela transformação... / A gíria que o nosso morro criou, bem cedo a cidade aceitou e usou / Mais tarde o malandro deixou de sambar dando pinotes, na gafieira, dançando o fox-trote... Amor, lá no morro, é amor pra chuchu / As rimas do samba não são I love you / E esse negócio de alô, alô boy, alô Johnny / Só pode ser conversa de telefone”.
Mas sei que bem antes do cinema falado, desde os tempos em que o Brasil era uma simples colônia da Europa, as coisas bacanas eram somente as que chegavam de lá. E a situação parece que não mudou muito. Precisamos ir aos shoppings cheios de nomes um tanto complicados para a nossa língua, gastar nossos tão suados reais. Não podemos ficar sem comprar mochilas da Pretenders, sem ter algum tipo Style nos cabelos, sem usar óculos da Glasses, camisetas da Shirts, calças da Jeans, tênis da Feets e casacos da Coats. E também temos que desfilar pela Banner's Ave. (alguma coisa como Avenida dos Bandeirantes) dentro de um baita carrão importado, com o disk player no maior loud possível. Só assim conseguimos impressionar nossas gatas. Se morarmos em um condomínio chamado, por exemplo, BH Mountain's, então nossa situação fica ainda melhor.
Agora, imaginem se os estrangeiros também fossem obrigados a pronunciar fonemas que não existissem em suas línguas como, por exemplo, os americanos indo ao Bacanão Shopping ou ao Sindoval's Shopping. Com certeza diriam:
- I'm going to Bacanáu Shopping.
Ou então:
- I'm going to Seamdouveal's Shopping.
E um japonês freqüentando um centro comercial chamado Frango Frito's Shopping? Certamente o chamaria de Flango Flito's Shopping.
E nós, esforçados brasileiros, vivemos pagando esse mico. Usamos calças Antonio Uóchinton (Stone Washed), comemos Féstfudss em Dráive Trúss, e enrolamos bastante nossas línguas por aí afora.
Se não tomarmos cuidado, daqui a pouco o nosso jeitinho de cumprimentar as pessoas com um simples ei pode ser elevado ao status de hi.
Estamos flitos, digo, fritos. Estamos linkados e já não temos como deletar essas coisas. Minha própria personal trainer concordou comigo quando estávamos on line, na web, num simples bate-papo pelo messenger. Fiquei tão assustado com a nossa condição que meu mouse deu até um tilt. Cliquei duas vezes e se eu não tivesse um excelente nobreak, o black-out seria total.
Do jeito que anda o lay-out das coisas, nem mesmo se formatarmos nosso cérebro utilizando o mais avançado know-how. Está ficando difícil até mesmo para as pessoas que têm um grande empower. Já backupamos todas essas informações e tem nerds e hackers morando em verdadeiras homepages.
Pessoas tomando drinks, fazendo check-ups para controlar os ups and downs do brazilian way of life e resolvendo grandes problemas do país em caminhadas de trainning para espantar o stress. Dizem que uma boa home-video ajuda muito nesses casos.
Mas não se esqueçam: no Brasil os policiais não são chamados de tiras; nossa unidade de comprimento é conhecida por quilômetro e não milha; não visitamos os McFields e sim a família de nossos vizinhos; não é comum por aqui que alguém insulte outra pessoa chamando-a de looser – mesmo quando nossa Seleção perde um jogo!
Ah! e o português é uma língua muito rica e bonita, com ou sem copy-desk!!! Mas ainda tem gente que implica com os franceses só porque preferem falar francês...

(Tela de Luiza Caetano - Festejando o 25 de Abril no Pelourinho)

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